segunda-feira, 21 de junho de 2010

Por que não bolhas de sabão?

Eu estava de costas, e uma senhora, de frente. Eu tomava um suco de laranja no copo, e ela almoçava um prato cheio. Quando vi aquelas bolhas de sabão comecei a rir, achando quase surreal em plena tarde, depois de um dia chato, um momento completamente lúdico. A senhora, entretanto não queria saber daquilo, talvez ela já tivesse anos a mais de amargura ou fosse pagar mais caro pelo que consumia no restaurante. "Esse idiota soprando sabão e o vento trazendo essa porcaria pra minha comida! E eu pensando que era uma criança.".

Um senhor de uns 70 anos passava com o brinquedo, soltando de fato muitas bolhas que salvaram o dia de várias pessoas que presenciaram aquele momento! Meu sorriso aumentou um tiquinho. Quando ele ia atravessando a rua e se distanciando, a velha lança mais uma "vai embora logo, mané!".

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pela porta da frente

As palavras guardadas omitem, não mentem, mas aquelas que preferem ser ditas são selecionadas uma a uma para que haja ali, o diálogo. Se pudesse só me voltaria para você, falaria o tempo todo para que em algum momento você quisesse retrucar e eu teria a chance de saber quais das suas palavras queriam vir até mim. Nós.

Seria isca, abocanhada por seu uivo de lobo faminto pelo assobio de meu sabiá. Ou teria meu corpo afivelado por um simples giro que sem grandes dificuldades permitiria que tivéssemos pernas com coxas, braço com seios, costas com barriga, pés com pés. Mãos atadas.

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Sou cantora. Vezes compositora, vezes professora, vezes cozinheira. Gosto de crianças e idosos. Me apaixono e desapaixono na mesma intensidade. Escrevo para não acumular na cabeça o que penso ou fantasio. Construo: tijolo, massa, tijolo, massa, tijolo, massa, tijolo...

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