sábado, 1 de maio de 2010

cuidado desmedido


Elas ainda estão lá fora, e eu, indiferente. Talvez eu nunca saiba se as libertei ou abandonei...
Tentei salvar minhas flores mesmo desconhecendo suas necessidades.
Por uma semana as aguei todos os dias e quando o sol não estava tão forte, as levava para passear na varanda. Mas isso já foi uma forma de me redimir com elas, pois vi que as flores e folhas estavam desbotando. Com suas cores perdendo essa vitalidade presumi que na sala elas não estavam fazendo fotossíntese direito.
Na semana seguinte resolvi aguar a cada dois dias, mas na verdade não consegui notar diferença nas flores, que por aí já estavam meio murchas, marrons. Inteiras só estavam as folhas, o que não me entristeceu porque sei que as flores têm um ciclo e brotam novamente desde que a planta permaneça viva.
Na terceira semana não aguei. Queria ver se o excesso de água as maltratava, mas vi que sete dias foram muitos. Elas quase não tinham força nem nas folhas, então desisti. Resolvi deixá-las ao natural na varanda, sujeitas à qualquer coisa que o tempo pudesse trazer: chuva, sol, vento.

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Sou cantora. Vezes compositora, vezes professora, vezes cozinheira. Gosto de crianças e idosos. Me apaixono e desapaixono na mesma intensidade. Escrevo para não acumular na cabeça o que penso ou fantasio. Construo: tijolo, massa, tijolo, massa, tijolo, massa, tijolo...

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